Técnico da Copa se revoltou ao ser perguntado sobre direitos das mulheres

A Copa do Mundo Catar 2022 nem começou e já registrou a primeira polêmica. Nesta quarta-feira, 16 de novembro, a entrevista coletiva do técnico português Carlos Queiroz, que comanda a seleção do Irã, terminou em clima tenso. Isso porque ele deixou o local ao ser questionado sobre representar o Irã diante das alegações de violações aos direitos das mulheres no país. Antes de se levantar e deixar a coletiva, indagou quanto receberia para responder à pergunta:

“Para qual canal você trabalha? Quanto vai me pagar para responder a essa pergunta? Vocês são uma empresa privada, quanto vão me pagar? Fale com o seu chefe e no final da Copa posso te dar uma resposta se me fizer uma boa oferta. Para responder a essa pergunta, não coloque palavras que eu não disse na minha boca, eu estou perguntando à sua companhia quanto vão me pagar para responder”

Já fora do microfone, o técnico português ainda completou:

“Acho que devia pensar também sobre o que acontece com os imigrantes na Inglaterra, como são tratados”

Em outro momento da mesma entrevista, Carlos Queiroz também foi questionado pela imprensa sobre a possibilidade de os atletas do Irã protestarem em favor das mulheres durante a Copa do Mundo. O português respondeu que todos são livres para se expressar, mas dentro do limite das regras da competição.

“O Irã é exatamente como o seu país. Segue o espírito do jogo e as regras da Fifa. É assim que você se expressa no futebol. Todos têm o direito de se expressar. Vocês se ajoelham nos jogos. Algumas pessoas concordam, outras não, e no Irã é exatamente o mesmo. Mas esse tipo de assunto não está em questão na seleção nacional, os jogadores só têm uma coisa na cabeça que é lutar pelo sonho de passar da fase de grupos”

Manifestações religiosas e/ou políticas preocupam a Fifa para a Copa do Mundo Catar 2022

A Fifa sempre tenta, ao máximo, evitar manifestações políticas e/ou religiosas em suas competições, mas, vez ou outra, ocorrem situações do tipo, especialmente na Copa do Mundo, torneio que atrai os olhares de todo o planeta. E a mandatária do futebol mundial prefere não externar publicamente, mas há uma grande preocupação em relação a esse tipo de protesto durante a Copa do Mundo, sobretudo por conta da situação política mundial, que enfrenta diversos problemas e divergências ideológicas.