Seleção da Espanha tem problema inesperado tanto no feminino quanto no masculino

Em clima de alto descontentamento, 15 das 23 jogadoras convocadas para a seleção espanhola de futebol feminino pela treinadora Montse Tomé, anunciaram que não participarão dos próximos jogos da Liga das Nações contra Suécia e Suíça. Estas atletas já haviam anteriormente manifestado sua recusa em jogar pela seleção.

O anúncio de tais ausências chamou atenção para a Real Federación Española de Fútbol (RFEF), que enfatizou que, apesar de ter poder para convocar as jogadoras, não tinha condições de exigir a presença delas. Montse Tomé se defendeu das críticas afirmando que convocou as melhores jogadoras disponíveis.

Recusa de jogadores masculinos: O caso de Presas e Nacho

Essa não é a primeira vez que atletas demonstram indisposição para participar da seleção espanhola. No passado, Oleguer Presas e Nacho, dois notáveis jogadores da seleção masculina, também solicitaram não serem convocados.

Presas, ex-defensor do F.C. Barcelona, que participou de algumas reuniões da seleção espanhola em 2005, abertamente afirmou o seu rechaço e aversão pela seleção. Em entrevista, expressou: “Não me sentia ligado a uma seleção nacional que não me representa de maneira alguma. Ao contrário, que me gera rejeição e aversão”.

O Regulamento Atual da Federação: Consequências para a recusa

Considerando a lei do esporte de 2022, a recusa em atender uma convocação para a seleção nacional equivale a uma “infração muito grave”. Embora a lei não tenha sido regulamentada, as sanções previstas no Real Decreto de dezembro de 1992 sobre a disciplina esportiva continuam em vigor e variam de multas a inabilitações.

De acordo com a agência EFE, as sanções propostas pela nova lei em caso de recusa incluem multa de 3.000 a 30.000 euros (R$155 mil) e suspensão da licença federativa por um período de dois a quinze anos. Na lei anterior, a suspensão era de dois a cinco anos. As infrações graves prescrevem ao fim de três anos. Portanto, independentemente das alegações de insatisfação ou representatividade, a recusa de jogar pela seleção nacional pode acarretar consequências consideráveis para as jogadoras.