Rubiales faz ameaça e caso do ex-presidente da federação espanhola ganha novo capítulo

O ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, pediu o arquivamento do processo aberto pelo Tribunal Administrativo do Esporte (TAD), que propôs uma sanção de 3 anos de inabilitação por ter beijado Jenni Hermoso e por sua comportamento no palco após a final da Copa do Mundo Feminina de 2023.

Esta solicitação foi feita a partir de um documento de alegações de 18 páginas, tendo sido apresentado por Luis Rubiales ao TAD após a proposta de duas sanções, cada uma de um ano e seis meses, considerando ambas as ações como graves infrações à Lei do Esporte e à legislação da disciplina esportiva.

Cenário do processo contra Luis Rubiales

Luís Rubiales defende que as sanções “não são correspondidas” conforme o texto da proposta de resolução, mas aparecem “desconectadas” e representam um pedido “arbitrário” e “injustificado”. Ele sugere que a sanção adequada seria uma advertência, multa ou inabilitação de três ou seis meses, ao invés dos três anos atuais.

Rubiales lamentou que o TAD tenha solicitado um relatório ao Conselho Superior de Desportos (CSD), que apenas compila uma série de artigos de jornal e desconsidera o impacto nas redes sociais, mostrando sua “permeabilidade” e “influência” diante da pressão da mídia e dos poderes políticos.

A Reposta de Luis Rubiales

Rubiales ressaltou tanto o acordo de início quanto a proposta de resolução destacam que fica fora do âmbito disciplinar desportivo a natureza consentida ou não do beijo, então as notícias que se referem a ‘beijo forçado’, ‘imposto’, ‘não solicitado’, ‘não desejado’ ou ‘roubado’ não poderiam, em sua opinião, ser levados em consideração.

Ele explicou: “O breve beijo (não na boca, mas) nos lábios, foi consentido, e quem diz o contrário, está faltando com a verdade. Todo o exposto por mim até hoje foi minha única versão e assim será. As evidências visuais, comportamentais bem como as declarações espontâneas de ambos os lados após o ocorrido indicam isso”, repetiu em contrapartida à versão oferecida por Jenni Hermoso em seu depoimento à promotoria.

Ele negou e descreveu como “extremamente grave” o vazamento “malicioso” da proposta de sanção de 3 anos por um membro do TAD à imprensa, que, segundo ele, gerou um “julgamento público paralelo” e uma “completa falta de defesa”.

Em sua defesa, ele também ressaltou que foi o principal promotor da igualdade entre homens e mulheres na prática do futebol, ao profissionalizar os corpos técnicos da seleção feminina, o “acordo histórico” das primas para as internacionais, o aumento de 2,7 a 27 milhões de orçamento e a profissionalização do Primeiro Divisão feminina.