Por que o Athletico Paranaense decidiu a Libertadores no Beira-Rio?

O Athletico Paranaense vem crescendo dentro do cenário brasileiro e sul-americano. Recentemente, o Furacão conquistou duas Copa Sul Americana e uma Copa do Brasil, além de chegar na final da Libertadores em 2022.

Antes desta final, o clube já havia chegado em uma final da competição, no ano de 2005. Naquela ocasião, foi derrotado pelo São Paulo pelo placar agregado de 5×1. Todavia, o extenso placar não foi o único fato marcante daquela competição. O Athletico teve que sair de seu estado para disputar a final, e seguiu rumo ao Rio Grande do Sul, no Beira-Rio.

Jogando como mandante, mas fora de casa

Tendo a Arena da Baixada como sua casa, o Furacão foi surpreendendo durante o ano de 2005. Eliminando times de expressão continental, como Cerro Porteño e Santos, o rubro negro chegou na semifinal para encarar o Chivas, time mexicano. Com uma vitória no primeiro jogo e segurando um empate no norte da América, o clube paranaense alcançou um feito histórico para ele e o estado: ser o primeiro time do Paraná a chegar na final da Libertadores.

Para a disputa de tal fase, a Conmebol exigia algumas normas para ser realizada dentro da Arena da Baixada, como número mínimo de lugares para os espectadores. Apesar do clube colocar arquibancadas móveis, a entidade relatou que não poderia ser feito o jogo em Curitiba, e deveriam escolher outro local para a disputa.

“Me desculpa, mas foi uma baita sacanagem. Foi uma mudança radical. Imagina você chegar na sua casa para dormir e te falarem que agora você vai ter que ir lá para São Paulo. Mexeu com todo mundo”, comenta o meia Fabrício, camisa 10 do Furacão na Libertadores, em entrevista ao Gazeta do Povo.

Mesmo com bom número de torcedores, a diferença de clima e estádio não favoreceu o Furacão, que acabou perdendo os dois jogos para o São Paulo.

“Me lembro que no pré-jogo a gente ficou na concentração do hotel, mas não era a nossa casa. A gente sabia o que a Arena fazia com nosso time. Aquele estádio pulsava. Era nosso diferencial”, relembra Alan Bahia, volante do Rubro-Negro na época.