Leila Pereira bate o martelo e toma decisão sobre SAF no Palmeiras

Presidente do Palmeiras, Leila Pereira se mostrou contra a transformação do clube em SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Embora muitos clubes do Brasil tenham apostado neste modelo de gestão como fuga de endividamento dos times, a mandatária do Verdão ressalta que tais moldes não são garantias de sucesso e que empresas também quebram.

Ultimamente, o futebol brasileiro tem vivido a experiência das SAFs. Vários cubes de tradição do país têm experimentado o dito modelo de administração para se livrarem de crises financeiras. E assim estas equipes foram comprados por investidores, como é o caso do Botafogo (adquirido pelo John Textor), Cruzeiro (adquirido por Ronaldo Fenômeno), Vasco (adquirido pela 777 Partners) e o Bahia (adquirido pelo Grupo City).

Para Leila, nem sempre as SAFs garantem sucesso no futuro, a exemplo disso, alguns clubes do futebol europeu também têm adotado o modelo, mas não deslancharam com a gestão. O Valencia, da Espanha, é o clube tradicional do futebol do país, mas como SAF, tem convivido com a zona de rebaixamento da La Liga. Enquanto o Manchester United, da Premier League, tem visto um outra realidade em comparação com seus tempos áureos no futebol da Inglaterra e da Europa.

Opinião de Leila sobre SAF no Palmeiras

Leila destaca que a forma como o Palmeiras é administrado não há a necessidade de transformar o clube em SAF, até porque o modelo também não se apresenta como solução dos problemas das equipes.

“O Palmeiras é administrado de forma profissional, por isso sou contra a transformação do Palmeiras em empresa. Você não precisa transformar em empresa, é só administrar de forma profissional. As pessoas acham que transformar o clube em empresa é a solução de todos os problemas, mas as empresas também quebram, e como quebram”, disse Leila Pereira em entrevista à Rádio 365.

No entanto, Leila enfatiza que com a entrada de investidores nas gestões de clubes brasileiros, o futebol do Brasil está muito mais profissional, se distanciando da forma que os cartolas do passado administravam seus respectivos clubes.

“Eu costumo dizer que se queremos um futebol saudável, moderno, mudar a história, o futebol não pode mais aceitar dirigentes do passado. Com todo respeito que tenho aos grandes êxitos que dirigentes do passado proporcionaram ao futebol, mas não existe mais, o futebol está muito profissional”, completou a presidente do Palmeiras.