Ex-Palmeiras virou membro de quadrilha das apostas

Ex-atacante do Palmeiras, Romário Hugo dos Santos, o Romarinho, é um dos nomes envolvidos nos escândalos de manipulações em jogos do futebol brasileiro. O suspeito chegou a ter carreira de jogador e há pouco mais de 10 anos era tido como uma das promessas do Verdão, o que acabou em frustração.

Romarinho pertenceu o Palmeiras entre as temporadas 2009 e 2013, e o ex-jogador fez o torcedor palmeirense ter muita expectativa em seu futebol, com a esperança de vê-lo despontando no profissional do clube, o que acabou não acontecendo.

Após passagem pelo Palmeiras, o ex-atacante passou por Atibaia, Atlético Sorocaba, Ypiranga, Passo Fundo, Guaratinguetá e Ponte Preta. E o último registro de Romarinho como jogador é em 2019, pela equipe de Campinas.

Romário Hugo dos Santos é réu nas investigações do MP-GO que apuram suspeitas de manipulações em jogos do futebol brasileiro. Segundo os relatórios das páginas da Operação Penalidade Máxima II, o ex-jogador é acusado “dar vantagem patrimonial indevida com o fim de alterar o resultado” das partidas da Série A e B do Brasileirão.

Segundo a denúncia, Romarinho contatou Eduardo Bauermann, do Santos, para combinar o recebimento de cartões nos jogos contra o Avaí e Botafogo em troca de R$ 50 mil no Brasileiro de 2022, mas o zagueiro do Peixe não cumpriu o combinado.

Frustração com o Palmeiras

Em 2016, quando ainda era jogador, Romarinho concedeu entrevista aos canais ESPN e detonou a diretoria do Palmeiras, assim como o ídolo do clube, César Maluco, responsável pelo futebol de base alviverde, pelo fato de não ter rendido o que era esperado no Verdão. Mas, além disso, reconheceu que lhe faltou maturidade.

“Foram vários interesses diferentes, do clube e meus. Da minha parte, faltou foco e maturidade. Festas também (atrapalharam)… Acho que eu tinha tudo para conseguir fazer meu nome no Palmeiras, mas não vejo só os meus erros. Na minha época, havia pessoas no comando que não mereciam estar ali. E deixei isso bem claro para todos. E a verdade machuca. Esse foi um dos motivos da minha saída”, disse.

“Ele (César Maluco) não fede nem cheira. Ficou tão pouco tempo lá que não significou nada. Como jogador, marcou. Mas como dirigente não merece nem a quarta divisão. Pelo pouco que convivi, não merecia estar lá”, completou.