Urgente: Jogador confessa ter participação de esquema de manipulação em jogo do Palmeiras

A segunda fase da operação Penalidade Máxima, que investiga suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro, foi deflagrada na última terça-feira (18), pelo Ministério Público de Goiás. E, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (19), o MP-GO divulgou que um atleta confessou sua participação na alteração de resultado em jogo entre Palmeiras e Juventude, pelo Brasileirão de 2022. Mas o nome do atleta foi preservado.

O MP-GO afirma ainda que 3 mandados de prisão preventivas e 20 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Ao todo, a operação abrange 16 municípios e 6 estados: Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo.

A princípio, eram cinco jogos do Brasileirão 2022 suspeitos de manipulação de resultados, e quatro deles ocorreram na 36ª rodada. Contudo, os promotores que trabalham no caso avaliaram que não foi possível saber se os jogadores receberam dinheiro para manipular os resultados desses jogos, mas afirmaram ter evidências que eles receberam ofertas de apostadores.

“Desde que a investigação se iniciou em novembro foi centralizada em três partidas, agora são 11 no radar, mas não descartando outros jogos que possam ter sido manipulados”, disse o promotor Fernando Cesconetto na última terça-feira (18).

Governo federal planeja criação de agência para fiscalizar manipulação de resultados

Com as investigações sobre manipulação de jogos, o governo federal planeja criar uma lei, futuramente, com a implantação de uma agência fiscalizadora de apostas esportivas. Inicialmente, a ideia é que esse órgão seja vinculado ao Ministério da Economia, mas que teria uma atuação conjunta com o Ministério do Esporte.

Além disso, o plano inclui também a possibilidade de usar a arrecadação de impostos sobre o lucro dos sites de apostas para financiar o funcionamento da agência.

Atualmente, esse trabalho de monitoramento do mercado de apostas é feito pela agência Sport Radar, da CBF. No entanto, a Justiça Desportiva entende que há uma grande dificuldade de usar o mecanismo para se aprofundar nas investigações, e uma agência governamental supriria essa fragilidade existente na fiscalização nos esquemas de manipulação de resultados de jogos.