Tiquinho Soares teve que apelar pra outra profissão por não ter onde jogar

Atualmente, Tiquinho Soares é um dos melhores jogadores em atividade no futebol brasileiro, sendo o atual artilheiro do Brasileirão com a camisa do Botafogo. Apesar do atual sucesso, o atacante paraibano demorou para conseguir emplacar no futebol.

Em entrevista à ESPN em 2020, o jogador revelou que teve uma infância difícil. “Foi uma época difícil no sertão da Paraíba e passando dificuldade junto com meus pais. Ajudei de várias formas. Eu e minha irmã vendíamos sacolé, gelinho, para ajudar nossos pais que trabalhava. Nos sábados tinham jogos, minha mãe fazia e íamos vender no campo de futebol”, disse.

O atacante também contou como começou a carreira de jogador profissional. “Não era uma ambição que tinha mais jovem, mas depois que fui para Natal comecei a jogar nos campos de barro e acabei gostando. Depois, em 2008 fui artilheiro na minha primeira competição. Daí, o futebol virou minha cabeça”, afirmou Tiquinho.

No entanto, o atacante viveu muitas dificuldades no Brasil, chegando a atuar em outra profissão fora dos gramados. “Na maioria das vezes eu jogava nessas equipes que não tem calendário eu só jogava o Estadual por uns três meses. Depois ia trabalhar com meu pai como servente de pedreiro ou inventava outra coisa”, revelou o jogador.

O cenário só foi mudar quando Tiquinho recebeu um convite para atuar no futebol português. “Eu estava no Veranópolis e apareceu a chance de ir para o Nacional da Ilha da Madeira. Não pensei duas vezes porque quando não se tem oportunidade precisa dar tiro. Deu certo. Fiz seis meses, renovei meu contrato e fiz um bom campeonato marcando 16 gols e fui para o Vitória de Guimarães”, afirmou.

Após assinar com o Vitória de Guimarães, Tiquinho chamou a atenção do Porto, onde despontou para o cenário europeu. Depois, ainda atuou por clubes como Olympiacos, da Grécia, até chegar no Botafogo, em 2022.