Seria solução? Grandes jogos do futebol brasileiro já foram apitados por estrangeiros

Você sabia que árbitros sul-americanos e europeus já apitaram partidas do Campeonato Paulista? O episódio aconteceu em 1996, quando Renato Duprat Filho, presidente da Federação Paulista de Futebol, chamou o argentino Javier Castrilli, o uruguaio Júlio Matto, o colombiano Oscar Ruiz, o alemão Markus Merk e o irlandês Dermot Gallagher para comandar os jogos do estadual.

Oscar Ruiz chegou a inclusive a apitar a final daquele ano, disputa entre Palmeiras e Santos e que teve o time alviverde como campeão. De acordo com a FPF, o objetivo era escalar os árbitros estrangeiros em partidas de “alto risco”. Para Duprat, o principal motivo da decisão seria o fato destes árbitros não marcarem tantas faltas como os brasileiros.

Em 1997, a medida seguiu sendo implementada. Desta vez, o francês Claude Colombo, a canadense Sonia Denoncourt e os sul-americanos Oscar Ruiz e o paraguaio Epifânio Gonzalez foram os árbitros “convidados”. Em 1998, os juízes estrangeiros seguiram sendo padrão no estadual, mas Javier Castrilli, argentino escalado para apitar a semifinal entre Portuguesa e Corinthians, foi alvo de grande polêmica.

Em um jogo recheado de lances duvidosos, a grande polêmica se deu por conta de um pênalti marcado à favor do Corinthians. O zagueiro Cesar, da Lusa, dominou uma bola no peito, e o argentino viu um toque de mão e assinalou pênalti. A Portuguesa vencia por 2 a 1, mas o Timão converteu o pênalti e se classificou para a final daquele ano.

Por conta da polêmica envolvendo a atuação de Javier Castrilli na partida decisiva, a FPF optou por deixar de lado a “experiência” com árbitros estrangeiros.