Seleção Brasileira passa vergonha e perde para Argentina pela primeira vez na história

Pela primeira vez na história, a seleção brasileira de vôlei foi derrotada para a Argentina na final do Sul-Americano. O Brasil foi derrotado por 3 sets a 0 para o rival. O revés também representa a primeira vez em que a Amarelinha saiu derrotada em uma final de Sul-Americana de vôlei. Aliás, a seleção era a atual campeã do campeonato e venceu 33 dos 35 disputados – só ficando fora da edição de 1964.

“Sentimento muito ruim nesse momento, de fracasso, vergonha, tristeza. Pessoalmente mesmo, porque não reproduzi o que desejei. Mas a gente não tem tempo nem de lamentar. É juntar os cacos. Tudo funcionou pouco hoje”, desabafou Bruninho, levantador da seleção brasileira.

Até o pré-olímpico, marcado para acontecer no Rio de Janeiro como o teste final prévio aos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, a equipe brasileira terá um período de cinco semanas para se dedicar aos treinamentos.

“A gente precisa retomar a confiança, que de certa maneira perdemos um pouquinho nessa temporada. A gente precisa melhorar nosso jogo, torná-lo alegre, mais agressivo. São coisas que a gente precisa recuperar para dar continuidade a esse pré-olímpico, que será muito duro. Voltar a confiar”, completou.

Seleção Brasileira anuncia novo treinador

A Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD) revelou nesta semana a nomeação do treinador José Agtônio Guedes como novo comandante da Seleção Brasileira masculina de vôlei sentado. Guedes, que anteriormente treinou a equipe feminina de 2013 a 2022, também foi Secretário Nacional do Paradesporto de 2021 a 2022.

A Seleção masculina estava sob a orientação do treinador Fernando Guimarães, que simultaneamente comandava a equipe feminina. “Para mim, esse convite para voltar às quadras foi uma surpresa que recebi com muita gratidão, considerando que é um reconhecimento pelo que já fizemos pelo vôlei sentado brasileiro, incluindo duas medalhas conquistadas em cenários em que nós não éramos favoritos”, afirmou Guedes.

Na visão do treinador, o desafio com a equipe masculina será bastante distinto daquele que enfrentou durante os anos em que liderou a equipe feminina. “Os homens ainda não conquistaram medalhas em Jogos Paralímpicos, bateram na trave duas vezes com a quarta colocação. E a dinâmica do jogo é diferente, há muita força física, a condição física é determinante para o resultado dos jogos”, afirmou.

Em maio, a equipe masculina brasileira de volêi sentado garantiu a vaga para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 após a vitória no Zonal Championship, realizado no Canadá. A equipe feminina já tinha assegurado sua participação, conquistando o título mundial em Sarajevo, na Bósnia, em novembro do ano anterior.

“A Seleção brasileira já é uma das favoritas a pódio paralímpico, está no alto do ranking com Bósnia, Irã, brigando em cima. Ter a oportunidade de assumir a equipe no final de um ciclo aumenta muito a responsabilidade”, finalizou o novo comandante da Seleção Brasileira.