Presidente ganhou clássico e renunciou de cargo dois dias depois

A crise se instaurou de vez no Ceará. O presidente do clube, Robinson de Castro, anunciou oficialmente nesta quinta-feira (9), sua saída da presidência do clube. A decisão foi anunciada mesmo após a vitória sobre o arquirrival Fortaleza na última terça-feira (7), o que não fez a pressão aliviar sobre o dirigente. O 2º vice-presidente, Carlos Moraes, assumirá interinamente.

O então presidente do Ceará revelou que não deixou o cargo por pressão. De acordo com Robinson de Castro, ele “desencantou com o contexto” do clube.

“Estou saindo do Ceará porque desencantei. Com o clube, não. Nem com a torcida. Mas desencantei com o contexto, com as coisas que me davam prazer e deixaram de dar prazer. Perdi o encanto. Quando você não tem mais amor pelo que faz, melhor ir embora”, declarou o ex-presidente em comunicado.

“O presidente da Diretoria Executiva do Ceará Sporting Club, Robinson de Castro, renuncia oficialmente ao cargo e às suas respectivas atribuições. Seguindo estatuto do clube, Carlos Moraes assume a presidência do Alvinegro de Porangabuçu”, disse nota publicada pelo Ceará nas redes sociais.

A relação do agora ex-presidente Robinson de Castro com o Ceará

Robinson de Castro participa da política do Ceará desde 2008, quando foi eleito 2º vice-presidente do clube. Em 2015, o dirigente se tornou presidente e foi reeleito para o triênio 2022-2024. Com o rebaixamento do Vozão para a Série B do Brasileirão, a pressão pela saída do então presidente aumentou.

“Eu me afastei publicamente, desde a nossa queda para a Série B. Eu tinha que explicar, tentar aqui, as situações mais importantes para o clube. Quando nós caímos para a Série B, a gente tinha uma expectativa de ter uma receita complementar. Mas como administrar sem essa receita esperada? Nós nos debruçamos sobre isso”, completou.

“Peço desculpas, porque sou o maior responsável pelo que acontece no clube. Eu sabia que tinha uma missão para cumprir, naquele momento não tinha mais desejo de continuar, mas precisava fazer uma transição financeira”, disse Robinson.