O dia que Maradona salvou a vida de um companheiro de seleção

O zagueiro Pedro Monzón que jogou na Seleção Argentina tem uma história de vida impressionante e ao mesmo tempo triste.

Ele foi expulso na final da Copa do Mundo de 1990 após uma fortíssima entrada no alemão Jürgen Klinsmann e prejudicou a sua equipe que saiu derrotada por 1 a 0. Jogou quatro jogos inclusive o da vitória contra o Brasil naquela Copa.

Após isso ele parou de jogar na metade década de 1990, com um grande problema de vício em cocaína. Em entrevista a canais argentinos ele relata que passou por forte depressão e viveu em uma casa sem mobília, onde pensava em suicídio.

Mas como Maradona entra nessa história?

‘Um dia, disse: ‘Vou telefonar para Diego, e se ele não vier, eu me mato’. Eu estava muito louco”, disse Monzón quando Maradona estava no final de sua carreira jogando no Boca Juniors.

”Falei com Diego, e ele me perguntou: ‘Que está acontecendo?’. Disse que queria falar com ele, que não me sentia bem, e ele me respondeu para eu não me preocupar, para eu aguentar um instante que logo ele estaria ali.”

Passando alguns minutos Maradona chegou a casa do ex-zagueiro.

”Quando Maradona chegou, eu estava sozinho. Para mim, ele demorou cinco minutos para chegar, mas claro que foi mais. Quando veio, não acreditei. Vi a caminhonete, ele chegou, eu escondi a arma, não falei que eu queria me matar porque sentia muita vergonha. Não pensava que ele viria, mas ele veio.”

Ele conta que além do apoio o craque no campo moral teve também ajuda financeira para ver sua filha e poder se alimentar melhor naquele momento.

”Ele entrou, dei a cadeira a ele, sente Diego, e ele me disse ‘Não, se você está no chão, sento no chão com você. Que problema você tem, Pedro?’. Minha quinta filha havia acabado de nascer em Tucumán e não tinha dinheiro para vê-la. Contei a ele que não tinha este dinheiro. Depois, tive dinheiro para ver a filha, para comer, para um montão de coisas.”

O ex-jogador depois se recuperou e até fez uma tatuagem em homenagem ao Dios Maradona. Quando conta sobre o caso sempre demonstra muita gratidão a Diego.

”Maradona, para mim, é Deus. E para os meus filhos, muito mais, porque eles sabem o que Diego fez pelo pai deles.”