Novo estádio do Santos pode render briga na Justiça

O Santos pode enfrentar um entrave para realizar a reforma da Vila Belmiro. A vizinhança que mora ao redor do estádio é contra as obras planejadas pela diretoria.

Apesar de as negociações estarem avançadas com a WTorre, empresa responsável pela obra, os moradores da região podem entrar na Justiça para impedir a reforma do estádio. Descontentamento veio após reunião da diretoria do Peixe com a construtora na semana passada.

Insatisfação dos moradores

Os moradores da região se preocupam com diversas questões ligadas à reforma da Vila, entre elas a segurança, a depreciação de imóveis e a perturbação da paz em decorrência de shows e eventos.

Gilberto Coelho, representante da Sociedade de Melhoramentos Amigos e Moradores da Vila Belmiro, detalha o posicionamento dos moradores. “Nossa Vila tem 113 anos. A preocupação é sobre a segurança: as casas são antigas e podem demolir, quebrar, começar a rachar, como acontece às vezes nas construções, quando a moradia ao redor começa a sentir o impacto, pois Santos (cidade) é tudo areia”, contou.

O representante ainda afirmou que alguns moradores levantaram a possibilidade de entrar na Justiça sobre o caso. “Muitos já falaram em procurar audiência pública, ir ao Ministério Público… Particularmente, eu não sei se alguém está fazendo isso, mas muito se fala”, lembrou.

O Santos tem um acordo com a construtora WTorre, que administra o Allianz Parque, para a reforma da Vila Belmiro. A ideia é modernizar o estádio e ampliar sua capacidade para cerca de 30 mil torcedores, o que é quase o dobro da atual — pouco mais de 16 mil espectadores.

A diretoria do Peixe pretende iniciar as obras no primeiro semestre de 2024 e a projeção é que termine em 2026. Até lá, o Santos estuda a possibilidade de mandar seus jogos no estádio Canindé ou no novo Pacaembu, que será reinaugurado em 2024.

O acordo prevê que o Santos continuará com a posse do terreno e a WTorres administrará o estádio pelos próximos 30 anos. A construtora estima gastar R$ 300 milhões na reforma.