Jogador ex-São Paulo e Coritiba declarou que não queria morrer

O caso que chocou todo o estado do Paraná e teve repercussão nacional, referente ao assassinato brutal do jogador Daniel Corrêa Freitas, de 24 anos, ainda continua a gerar novas informações. Na manhã de terça-feira, novos depoimentos foram colhidos pela Polícia Civil de São José dos Pinhais, lançando luz sobre os eventos que precederam o trágico desfecho.

Segundo informações obtidas com exclusividade pela RPC Curitiba, afiliada da TV Globo, quatro indivíduos depuseram sobre a fatídica noite. Uma das testemunhas relatou ouvir pedidos desesperados de socorro, palavras que ressoam dolorosamente: “Alguém me ajuda, eu não quero morrer, socorro”. Além disso, foi mencionado que Edison Júnior, figura central deste caso, saiu em busca de bebida pela manhã, enfatizando a aparente normalidade que precedeu a violência.

O Silêncio da Casa

Contraditoriamente ao desespero citado anteriormente, as testemunhas relataram não ter ouvido gritos de socorro vindos de Cristiana Brittes. Não foram notados sinais de arrombamento no quarto do casal, o que adiciona mais mistério ao caso. Outro depoimento trouxe à tona a frase dita por Edison: “isso é que acontece com mulher de bandido”, uma declaração enigmática que sugere um contexto de ameaça e violência pré-existente.

O ponto crítico do relato de uma das testemunhas foi quando ouviu Cristiana implorando para que Allana Brittes não permitisse a perpetração do ato de violência em sua casa. Esse momento ilustra o ambiente de pavor e descontrole que marcaram a ocasião.

Detalhes Sombrios Vêm à Tona

Os depoimentos fornecem uma visão aterradora do assassinato de Daniel. Após Edson Júnior retornar à sua residência, a escalada de violência foi avassaladora. O relato de como Daniel foi arrastado para fora, ainda mostrando sinais de vida, e como as agressões continuaram de forma implacável, revela a crueldade dos ataques. A menção de Edison buscando uma faca de cozinha indica a premeditação e a brutalidade do assassinato que se seguiu.

Esta série de eventos deixa claro que houve uma conspiração para encobrir o crime. As testemunhas foram orientadas a manter uma versão que minimizasse a responsabilidade dos envolvidos, mostrando a frieza e o calculismo após o ocorrido.

Presos e Acusações

Na sequência deste trágico evento, Edison Brittes Júnior, sua esposa Cristiana, e a filha do casal, Allana, encontram-se detidos. A morte de Daniel, caracterizada por mutilações e sinais claros de tortura, chama a atenção para a violência extrema e a falta de humanidade dos atos cometidos.

O caso de Daniel Corrêa Freitas, um jovem talentoso cuja trajetória foi tragicamente interrompida, reforça a necessidade de justiça e de uma reflexão profunda sobre a violência que permeia nossa sociedade. Devemos questionar e agir contra as circunstâncias que permitem tais atos de brutalidade, buscando caminhos para uma cultura de paz e respeito à vida.