Era vitoriosa do Atlético-MG rendeu títulos dentro de campo e um “rombo” no cofre

A partir de 2013, com a conquista da Libertadores, o Atlético-MG iniciou o ciclo mais vitorioso de sua história. Nos últimos 10 anos, além do título continental, o clube conquistou duas Copas do Brasil, um Brasileiro, uma Recopa, uma Supercopa e 7 Campeonatos Mineiros.

Porém, toda essa bonança de títulos também resultou em uma dívida assustadora, principalmente com bancos, um dos piores tipos de débitos que um clube pode ter, já que geralmente são empréstimos de curto prazo.

Em 2012, a última temporada antes da sequência de títulos, o Atlético-MG devia R$ 68,7 milhões para “instituições financeiras”. No ano passado, de acordo com o balanço financeiro do clube, a dívida com bancos aumentou quase dez vezes: R$ 654 milhões. Isso sem contar o dinheiro levantado para construção do novo estádio do clube.

Somando o que precisa pagar em empréstimos que não são com bancos, basicamente o valor devido a seus investidores, o Atlético-MG tem uma conta a pagar de R$ 843 milhões em empréstimos, R$ 263 milhões a mais do que tinha em 2021.Comparando com outros grandes clubes, é notável o quanto o Atlético-MG depende de bancos para fechar suas contas.

Comparação com outros times

Exemplos de boa administração, Palmeiras e Flamengo têm valores muito baixos em empréstimos. O Palmeiras devia R$ 35,190 milhões no final de 2022 e o Flamengo pouco menos de R$ 36 milhões. O Grêmio, de porte similar ao Atlético-MG, tinha R$ 77 milhões a pagar para instituições financeiras.

O São Paulo, outro clube em situação delicada, tinha uma carteira de empréstimos bancários de R$ 204 milhões. O Corinthians ainda não tornou público seu balanço. Ganhar títulos é uma conquista gloriosa. Porém, o Atlético-MG fez isso da forma mais irresponsável possível, o que tornará difícil sair do buraco financeiro que o clube se encontra.