Entenda como o “Chaves” virou justificativa para lance polêmico no Brasileirão

O confronto entre Palmeiras e Red Bull Bragantino, válido pela 6ª rodada do Brasileirão, ficou marcado por um lance polêmico, onde o time alviverde teria sofrido um suposto pênalti cometido pelo goleiro Cleiton em cima de Endrick, durante a segunda etapa. O Verdão pediu explicações à CBF para entender o critério do lance, e a confederação respondeu.

Wilson Luiz Seneme, chefe da Comissão de Arbitragem da entidade, analisou o lance e chegou a tecer críticas ao juiz de campo, Sávio Pereira Sampaio. “É importante isso. Quando o goleiro de uma equipe está com a bola no pé e vai chutar a bola para frente, eu, como árbitro, tenho que me posicionar lá na frente, no ponto futuro da bola”, iniciou Wilson.

“E aqui nós vemos o Sávio posicionado em uma zona muito intermediária. Olha só, a bola, quando vai lá na frente, ele fica muito para trás na jogada. Ele ficando atrás, a possibilidade de ele ver detalhes, diminui. Ele precisava acelerar e prever uma possível disputa. Isso é um elemento de correção ao árbitro”, completou.

Semene explica que Endrick teria cometido falta antes de sofrer o pênalti de Cleiton. Por isso, Sávio teria acertado mesmo que “sem querer”. O hefe da Comissão de Arbitragem chegou a inclusive fazer uma analogia do lance ao personagem mexicano Chaves, que tinha como um dos bordões a frase: “foi sem querer, querendo”.

“É um lance que a comunicação não foi boa. A princípio, o Sávio acha que a bola bate na mão do atacante, mas não é, é do goleiro. Ou seja, não sendo a mão do atacante, o goleiro agarra o atacante. Só que, antes do agarrão, o jogador do Palmeiras vai de encontro ao goleiro”, finalizou Semene.