Diversos jogadores foram surpreendidos e acabaram sendo vítimas de golpe do FGTS

Um sofisticado esquema de fraude, que tem como alvo jogadores de futebol que atuaram em equipes brasileiras, vem chamando a atenção da Polícia Federal. A operação, apelidada de Fake Agents, revelou que o golpe envolvendo o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) já afetou personalidades do esporte além de Paolo Guerrero. Este escândalo trouxe à tona que outros atletas notáveis também foram prejudicados.

Segundo investigações, partindo de 2014, figuras como Ramires, João Rojas, Maikon Leite, Elano e Christian Cueva encontraram-se enredados nesta trama fraudulenta. Esses jogadores, já desvinculados de seus clubes, foram alvos de criminosos que, utilizando documentos e assinaturas falsificadas, manobraram para desviar fundos significativos destinados a eles.

Como os fraudadores operam o golpe no FGTS?

O esquema começa com a obtenção de documentos reais dos jogadores, a partir dos quais são criadas contas fraudulentas em bancos. Posteriormente, grandes quantias são transferidas para contas de “laranjas”, sem que os atletas tenham conhecimento. Em maio de 2022, por exemplo, Guerrero teve cerca de R$ 2,3 milhões desviados enquanto estava nos Estados Unidos para um tratamento médico.

Paolo Guerrero foi rápido ao detectar a fraude, enviando imediatamente uma carta à Caixa Econômica Federal solicitando o estorno dos valores. Apesar de sua pronta reação, o reembolso dos valores só foi realizado seis meses depois, um atraso que expõe a complexidade e a lentidão do processo de resolução desses crimes financeiros.

Quem são os suspeitos no caso?

A investigação aponta que muitos beneficiários das contas fraudulentas são pessoas associadas a empresas de marketing esportivo e empresários do futebol. Entre eles, Gustavo Gonçalves de Barros e Fernando Costa de Almeida aparecem como receptores de grandes somas de dinheiro. A polícia também suspeita do envolvimento de funcionários do banco, que facilitariam as transações ilegais.

As autoridades continuam a trabalhar no esclarecimento do esquema. Enquanto isso, outras vítimas do golpe estão sendo encorajadas a vir à frente para facilitar processos legais contra os envolvidos. O caso segue sendo investigado em sigilo pela Caixa e pela Polícia Federal, na esperança de restabelecer a justiça aos prejudicados e reforçar as medidas de segurança para evitar futuros incidentes.