Durante uma conversa recente com a imprensa, o diretor executivo do Flamengo, Bruno Spindel, expressou sua frustração com a decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de não alterar o calendário do futebol brasileiro de 2024.
A proposta rejeitada pela CBF foi apoiada por 12 clubes, incluindo o Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco, Athletico-PR, Palmeiras, Atlético-MG, São Paulo, Red Bull Bragantino, Criciúma, Internacional e Corinthians.
A Recusa da CBF
A CBF decidiu não levar adiante a proposta de alteração do calendário devido a uma série de preocupações. Primeiro, a entidade estava preocupada com a possibilidade de as finais da Copa do Brasil entrarem em conflito com o Mundial de Clubes.
O segundo problema era que haveria um período de quatro meses sem jogos da Copa do Brasil. Terceiro, a CBF alegou que as mudanças propostas prejudicariam a dinâmica das competições. Quarto, acreditava-se que os parceiros da Copa do Brasil ficariam insatisfeitos. Por fim, a CBF expressou a preocupação com a possibilidade de desfalques na Copa do Brasil.
Reação dos Clubes
O Flamengo, um dos clubes que propõem a mudança, está claramente descontente com a decisão da CBF. Segundo Spindel, a entidade parece considerar o Campeonato Brasileiro como o menos importante dentre todas as competições nacionais.
De acordo com ele, a forma como o calendário é estruturado coloca o Brasileiro em desvantagem, uma vez que várias rodadas ocorrem durante a Copa América. Isso contrasta com outras competições, como os estaduais, a Libertadores, a Recopa e a Supercopa, que não são interrompidas por outros eventos.
Spindel também criticou a resposta da CBF quanto à capacidade dos clubes de manter um elenco sólido. Embora a CBF permita a inscrição de até 50 atletas, com a possibilidade de substituição de até 8 desses jogadores, a postura da entidade não destacou a importância do Campeonato Brasileiro, que é a competição mais disputada e que traz mais benefícios financeiros aos clubes.
A decisão da CBF, certamente, não foi bem recebida pelos clubes que deram suporte à proposta de alteração do calendário. No entanto, cabe a esses clubes agora ajustarem seus planos para o ano de 2023, levando em consideração o calendário inalterado.
Ainda não se sabe se essa decisão da CBF pode levar a outras tentativas de reforma ou se, talvez, os clubes possam encontrar outras formas de maximizar o prestígio e a lucratividade do Campeonato Brasileiro.