Dante se manifesta sobre o 7 a 1 e irrita torcedores brasileiros

Agora aos 40 anos, Dante segue como peça essencial do Nice, caminhando como capitão do time de melhor defesa do Campeonato Francês na atual temporada. O zagueiro, ídolo do Bayern de Munique, é extremamente experiente e vitorioso, no entanto, carrega um trauma que dificilmente se apagará de sua trajetória. Em entrevista ao ‘ge’, o atleta comentou sobre a Copa do Mundo de 2014.

“Eu acho injusto, às vezes. Depois da Copa do Mundo eu tive vários momentos legais, bonitos, que as pessoas poderiam procurar saber e poderiam dar informação. Fiquei um tempão para tirar essa parada do meu coração. Até hoje dói. Se tem uma coisa que me dói é falar dessa m***. Estou na Europa há 20 anos. Eu carrego a bandeira brasileira. Sou o jogador mais velho da França e ninguém nunca sabe disso”, desabafa.

A semifinal da Copa do Mundo de 2014, em específico a goleada em 7 a 1, ficou marcada como um dos maiores vexames de toda a história da Seleção Brasileira, algo que se intensificou, considerando que o torneio era realizado em solo nacional. Dante, caminhava como reserva na equipe de Luiz Felipe Scolari, mas acabou substituindo Thiago Silva, que estava suspenso no duelo contra a Alemanha.

Dante revela envolvimento entre política e futebol

Dante afirmou que naquela oportunidade, os torcedores acabaram misturando política com futebol, algo que acabou dobrando a responsabilidade dos jogadores. É inevitável que a história ficará marcada em seu currículo, no entanto, o atleta garante que trabalhou intensamente após a derrota, conseguindo dar a volta por cima, sendo o nome mais experiente do futebol francês.

“Eu compreendo a frustração e a dor de todos os brasileiros. A nossa em campo foi muito pior, pode ter certeza. As pessoas acharam que a gente ficou curtindo a vida. A gente é chateado com isso até hoje. Também teve um peso que foi colocado nessa Copa, que ludibriou muito a cabeça do povo… que o futebol brasileiro ia salvar o país. Não tem como. Que ia deixar esse país sofrido mais feliz… Um pouco, mas ia continuar passando pomada na ferida. Porque a gente não vai resolver”, completou.