Atlético-MG pega geral de surpresa e cobra quase R$ 30 milhões de prefeitura

Em uma disputa que parece longe de ter um fim, o Clube Atlético Mineiro, popularmente conhecido como Galo, encontra-se em meio a um processo judicial contra a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) por uma área não entregue conforme o acordado. O caso, que já percorreu diversas instâncias judiciais e se arrasta por anos, diz respeito a uma desapropriação indireta na qual o clube luta para ser indenizado.

Atlético comprou inicialmente 144 mil metros quadrados de terreno. No entanto, a área recebida foi substancialmente menor, somando apenas 90 mil metros quadrados. Conforme as investigações evoluíram, descobriu-se que outra porção do terreno já tinha um suposto dono. Complicando ainda mais a situação, a Prefeitura construiu uma rua que atravessa a área, o que supostamente reduziu o valor e o potencial do terreno para o clube.

Quais São os Desdobramentos Jurídicos Atuais?

Após um prolongado processo, cujo valor de indenização inicialmente reconhecido foi de R$ 28.830.000 em 2009, surgiu a necessidade de uma nova perícia, determinada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A PBH recentemente alegou que o terreno reclamado pelo Galo pertenceria de fato a uma empresa denominada Cardiesel, segundo documentos que retratam transações imobiliárias anteriores.

O terreno em questão não é apenas um lote comum na contabilidade do clube. Na década de 1940, havia planos ambiciosos para construir um estádio que serviria como palco para a Copa do Mundo de 1950.

O Estádio Olímpico da Pampulha estava previsto para ser inaugurado em 25 de março de 1948, marcando o 40º aniversário do Atlético. Infelizmente, esses planos nunca se materializaram, e o Independência foi construído em vez dele para o evento mundial.

As Implicações Futuras para o Atlético-MG e a Prefeitura

À medida que a batalha legal continua, a resolução deste caso terá implicações significativas tanto para o Atlético Mineiro quanto para a administração municipal. A definição sobre a propriedade do terreno e a possível indenização podem afetar os futuros planos de infraestrutura do clube e também a gestão urbana da prefeitura.

Entretanto, o processo promete ser algo prolongado, considerando a complexidade dos reclamos e a quantidade de partes envolvidas. Conforme o caso avança, resta esperar por uma conclusão que satisfaça todas as partes envolvidas, especialmente o Atlético-MG, que viu seus planos grandiosos para o terreno serem frustrados por uma série de eventos legais e administrativos imprevistos.