Arena da Amazônia: a casa do futebol no Amazonas

A Copa do Mundo de 2014 do Brasil viabilizou, e possibilitou, a construção de uma série de novos estádios. Manaus, uma das capitais mais simbólicas do país, não poderia ficar de fora dessa. Sendo assim, acabou recebendo a Arena da Amazônia – Vivaldo Lima, um dos mais bonitos investimentos para o Mundial.

Localizado no bairro Flores, em Manaus (Amazonas), a Arena da Amazônia foi construída no lugar onde antes estava o Estádio Vivaldo de Lima – na época um dos maiores estádios do estado. Apesar do novo nome, ele manteve oficialmente a homenagem ao médico, advogado, jornalista, político e entusiasta do esporte amazonense.

Inaugurado em 2014, justamente no ano de realização da Copa do Mundo, a Arena da Amazônia foi construída por meio de uma parceria entre o Governo do Estado e o BNDES. A obra demorou cerca de quatro anos para ficar pronta e acabou sendo eleita o segundo melhor estádio no ano em que foi inaugurada.

Dona de um selo cinco estrelas do Sisbrace, o Sistema de Avaliações dos Estádios Brasileiros, a Arena da Amazônia é não apenas um misto entre arquitetura e sustentabilidade no futebol como, também, casa de cinco clubes do Estado. Afinal, Amazonas, Fast Clube, Manaus, Nacional e São Raimundo são mandantes no local.

A história da Arena da Amazônia

O fato é que a história de construção da Arena da Amazônia não carrega nenhum grande significado para um clube de futebol ou algo do tipo. Na verdade, assim como a grande maioria dos estádios inaugurados em 2014 no país, ele foi totalmente pensado para sediar a Copa do Mundo do Brasil – e isso já é mais do que suficiente.

Ainda assim, pode-se dizer que a Arena da Amazônia é uma verdadeira homenagem ao estado do Amazonas dentro do futebol. Tudo começa pela sua arquitetura única, que foi totalmente trabalhada como inspiração na floresta amazônica que rodeia a capital. Mais do que isso, o local também é pautado por uma palavra hoje em dia muito importante no esporte: sustentabilidade.

Desde o início, a Arena da Amazônia foi pensada para ser um estádio realmente sustentável. Sua construção foi planejada com a meta de ser a primeira edificação do estado a receber a certificação Liderança em Energia e Design Ambiental, a qual é concedida pela instituição Green Building Council.

Para se ter uma ideia, desde as primeiras etapas de demolição o estádio já trabalhava com o conceito sustentável. Houve o reaproveitamento de 95% dos materiais que foram removidos e demolidos do estádio Vivaldo Lima. Além disso, toda a água da chuva na região da Arena da Amazônia é armazenada para que possa ser utilizada tanto nos banheiros quanto no sistema de irrigação do gramado.

A sustentabilidade não para por aí, uma vez que o estádio também conta com um sistema de luz solar. Com isso, garantiu uma energia limpa, renovável, e um projeto de referência internacional entre estádios de futebol.

A inauguração da Arena da Amazônia

A partida de inauguração da Arena da Amazônia ocorreu no dia 9 de março de 2014, pouco mais de três meses antes do início da Copa do Mundo. O jogo inaugural envolveu a disputa entre Nacional e Remo, pela Copa Verde de 2014, e terminou em um empate: 2 a 2 no placar.

Grandes partidas na Arena da Amazônia

A Arena da Amazônia foi projetada justamente para receber grandes partidas. Afinal de contas, foi uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014. Essa, inclusive, foi a maior competição que o estádio já recebeu, sendo palco em quatro partidas disputadas ainda na fase de grupos do Mundial.

No dia 14 de junho, a Arena da Amazônia recebeu o seu primeiro jogo da Copa do Mundo de 2014: o confronto entre Inglaterra e Itália, o qual terminou em 2 a 1 para os italianos. O estádio ainda viria a receber as partidas entre Camarões x Croácia, Estados Unidos x Portugal e Honduras x Suíça.

Dois anos depois de ser sede da Copa do Mundo, a Arena da Amazônia voltou a ser palco de mais uma grande competição internacional. O estádio foi uma das sedes dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016, recebendo partidas de futebol masculino e, também, feminino.

Ao todo, foram quatro jogos de futebol masculino das Olimpíadas de 2016 disputados na Arena: Suécia x Colômbia, Nigéria x Japão, Suécia x Nigéria e Colômbia x Japão. Na categoria feminino, o estádio recebeu duas partidas: Estados Unidos x Colômbia e Brasil x África do Sul.

Detalhes e curiosidades da Arena da Amazônia

Por mais que tenha sido um estádio que já recebeu jogos de Copa do Mundo e de Olimpíadas, a Arena da Amazônia tem como maior público da sua história nada mais nada menos do que um confronto válido pela Série D do Campeonato Brasileiro. O fato ocorreu em agosto de 2019, quando Brusque e Manaus decidiram a final da competição.

Na ocasião, 44.896 pessoas assistiram diretamente da Arena da Amazônia a final do campeonato. Por fim, no entanto, a equipe mandante acabou com o vice, sendo derrotada nos pênaltis para o clube catarinense depois de um empate em 2 a 2 no tempo normal.

Entre os maiores públicos do estádio também estão partidas envolvendo Flamengo, Botafogo e Vasco da Gama. Atualmente, a Arena tem capacidade para 44 mil espectadores.