O Palmeiras anunciou que está considerando medidas legais contra Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo, após ele chamar o técnico Abel Ferreira de “português de merda” depois do empate em 1 a 1 no Morumbi, no domingo. Em um comunicado divulgado na segunda-feira, dia 4, o clube condenou veementemente a atitude de Belmonte, classificando-a como xenofóbica.
O comunicado do Palmeiras destacou que não há justificativa para as palavras depreciativas e preconceituosas usadas pelo dirigente do São Paulo para atacar Abel Ferreira, um profissional íntegro e bem-sucedido que vive no Brasil há mais de três anos. O clube reiterou seu repúdio a qualquer forma de discriminação, especialmente aquelas que incitam a aversão a estrangeiros.
Vídeos mostram Belmonte reclamando de maneira exaltada com o árbitro do clássico, Matheus Delgado Candançan, enquanto insultava o técnico português do time rival. O São Paulo argumenta que o jogador palmeirense Richard Ríos deveria ter sido expulso após cometer falta em Pablo Maia e que a equipe teve um pênalti não marcado em Luciano, após revisão do árbitro de vídeo.
Além disso, o presidente do São Paulo, Julio Casares, também confrontou Candançan e declarou que Abel Ferreira apita os jogos do Paulista. O comunicado do Palmeiras lamentou a postura de Casares, classificando-a como inadequada e incompatível, afirmando que o desequilíbrio e a histeria potencializam a violência no futebol.
O texto do Palmeiras ressaltou o momento perigoso enfrentado pelo futebol brasileiro, citando o brutal ataque ao ônibus da delegação do Fortaleza há menos de duas semanas, que deixou jogadores feridos, e a morte de um torcedor em Belo Horizonte no último sábado, dia 2. O clube enfatizou a necessidade de responsabilidade e compromisso por parte daqueles que estão no comando, em vez de propagar o ódio.